4 de mai. de 2017

Quatro mortos em dia de manifestações em Caracas e Carabobo



Euronews, 04 de maio de 2017.



Com Lusa e Efe

Um jovem de 17 anos morreu e pelo menos 180 pessoas ficaram feridas – incluídos seis deputados – em dois municípios de Caracas, após confrontos com as forças de segurança, durante protestos contra uma futura Assembleia Constituinte decidida pelo Presidente Nicolás Maduro.

O menor morreu depois de ser atingido por um tiro de bala de borracha na nuca.




Pelo menos três pessoas morreram também em confrontos com as autoridades no estado de Carabobo, no centro da Venezuela.

Em Caracas, os confrontos surgiram depois de as forças de segurança reprimirem milhares de opositores que pretendiam marchar até ao parlamento venezuelano, onde a oposição é maioria.

A presidente da Federação de Centros Universitários da Universidade Central da Venezuela, Rafaela Requesens, disse à agência Lusa que, em Altamira, município de Chacao, um blindado da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) atacou um grupo de manifestantes e atropelou um deles.

O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (CNTP) diz que pelo menos um jornalista e um fotógrafo ficaram feridos nos confrontos entre autoridades e manifestantes.

As manifestações contra e a favor do Presidente Nicolás Maduro subiram de tom no início de abril.

As autoridades venezuelanas falam em 32 mortos e mais de 600 feridos até ao momento.

A oposição reclama a libertação dos presos políticos, a convocação de eleições gerais e o fim da repressão.

Manifestam-se também contra duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.



Contra Assembleia Constituinte

Esta quarta-feira, milhares saíram às ruas, contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, levada a cabo segunda-feira por Nicolás Maduro.

Segundo a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) a Assembleia Convocatória “é uma fraude, é inconstitucional e implica o fim da democracia”.

O "presidente" [ditador] Maduro convocou os venezuelanos para elegerem uma Assembleia Nacional Constituinte cidadã, para, justificou, “preservar a paz e a estabilidade da República” e incluir um “novo sistema económico, segurança, diplomacia e identidade cultural.”

Maduro insiste em que parte das suas “atribuições constitucionais” está a reforma do Estado venezuelano e a possível modificação da ordem jurídica, permitindo a convocatória redigir uma nova Constituição.

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