1 de abr. de 2017

Cresce perseguição contra cristãos na China, diz relatório

Um cristão chinês reza durante uma missa de Natal numa igreja católica em Pequim em 24 de dezembro de 2014


EpochTimes, 01 de abril de 2017. 






Um relatório recente de uma organização de caridade cristã descobriu que os cristãos estão sendo perseguidos a taxas não vistas desde a Revolução Cultural, que durou de 1966 até 1976.

A Revolução Cultural, lançada pelo ditador comunista chinês Mao Tsé-tung, tentou eliminar os “Quatro Velhos”, definidos como: “costumes antigos”, “cultura antiga”, “velhos hábitos” e “velhas ideias”. A campanha, conduzida por grupos organizados de estudantes revolucionários, que Mao chamou de “guardas vermelhos”, perseguiu os adeptos religiosos, incluindo cristãos, budistas, taoístas, confucionistas e outros. Inúmeros templos, locais históricos, livros, pinturas e artefatos inestimáveis ​​foram destruídos. A expressão religiosa, que permeou a cultura chinesa por 5 mil anos, foi essencialmente proibida no período e submetida a consequências terríveis se exercida. Milhões de pessoas foram perseguidas, torturadas e mortas.


Agora, o Relatório Anual sobre Perseguição em 2016, da China Aid, descobriu que os incidentes de perseguição contra cristãos aumentaram cerca de 20% no ano passado, enquanto o número de cristãos aprisionados aumentou em quase 150%. Funcionários do Partido Comunista Chinês (PCC), que é oficialmente ateu, também ordenaram a demolição forçada de igrejas e a remoção de cruzes em igrejas.

O relatório também observou que os cristãos podem ter sido mortos por seus órgãos, uma política terrível usada principalmente contra adeptos do Falun Gong, uma forma de meditação tradicional que durante os anos 90 era praticada por cerca de 100 milhões de chineses, segundo algumas estimativas, e que as autoridades comunistas chinesas têm tentado eliminar desde 1999. Em junho passado, um relatório inédito afirmou que até 1,5 milhões de transplantes de órgãos podem ter ocorrido na China desde 2000, a maioria dos quais foram extraídos de prisioneiros de consciência do Falun Gong.

“Eu acredito que é a ideologia, o assassinato em massa, e o encobrimento de um crime terrível em que a única maneira de encobrir o delito é continuar matando as pessoas que sabem a respeito”, disse o jornalista investigativo Ethan Gutmann, que foi coautor do relatório do ano passado sobre a extração forçada de órgãos na China, intitulado “Bloody Harvest/The Slaughter: An Update,” (“Colheita sangrenta/A matança: Uma atualização”, tradução livre). O regime chinês “construiu uma engrenagem gigantesca”, acrescentou Gutmann, referindo-se à rede estatal de hospitais utilizados para a extração forçada de órgãos.

De acordo com a China Aid, os cristãos ainda são forçados a praticar suas crenças em igrejas subterrâneas ou em ambientes domésticos, acrescentando que a China ocupa o 39º lugar entre os 50 piores países do mundo que perseguem cristãos.

“As principais conclusões do que ocorreu no ano passado e os informes sobre os dois primeiros meses de 2017 mostraram que a situação da liberdade religiosa está se deteriorando rapidamente”, disse Bob Fu, chefe da China Aid, no relatório, segundo relatado pelo Premier.org.uk.

Depois que o Partido Comunista Chinês tomou o poder em 1949, as missões protestantes na China foram expulsas.

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