6 de dez. de 2016

Síria: Moscovo e Pequim vetam resolução de cessar-fogo no Conselho de Segurança




Euronews, 06 de dezembro de 2016.



A Rússia e a China vetaram a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidos, que determina um cessar-fogo de sete dias na cidade síria de Alepo.

O texto, apresentado por Espanha, pelo Egito e pela Nova Zelândia, teve 11 votos a favor, a abstenção de Angola e três contra, incluindo os da Rússia e da China, que têm poder de veto.

Moscovo tentou adiar a votação, alegando problemas de procedimento e defendendo a necessidade de esperar pelo resultado das negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a retirada dos rebeldes da zona este de Alepo.



O embaixador russo das Nações Unidas, Vitaly Churkin, considerou que submeter esta resolução violou as regras do Conselho de Segurança, considerando que não se cumpriram os prazos necessários.

A delegação norte-americana considerou que os argumentos de Moscovo não eram mais do que um “álibi inventado” e disse que as partes não estão próximas de alcançar um acordo em relação a Alepo, apesar do que adianta a Rússia.


A resolução vetada foi negociada durante semanas e tinha como objetivo estabelecer uma interrupção imediata dos combates para permitir a entrada de ajuda humanitária nas zonas sitiadas pelas forças governamentais.

As forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, continuam a avançar sobre as zonas de Alepo controladas pelos rebeldes, depois de terem recuperado o poder, até agora, em cerca de 60% da cidade.

São dados avançados pela organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma rede de informadores no terreno.

Desde o início, a 15 de novembro, da última ofensiva das forças do Governo de Damasco na zona oriental de Alepo, pelo menos 311 civis foram mortos.

Ao mesmo tempo, os ataques rebeldes contra a zona ocidental da cidade, nas mãos do Governo, causaram pelo menos 70 mortos.

A Rússia, aliada de al-Assad, intervém na guerra desde setembro de 2015, com de ataques aéreos.

A guerra na Síria, desencadeada em março de 2011 depois de uma brutal repressão de manifestações a exigir reformas, causou mais de 300 mil mortos.

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