28 de set. de 2016

Investigadores: Míssil que abateu MH17 foi disparado por separatistas e veio da Rússia




DN, 28 de setembro de 2016. 



As conclusões são de uma equipa de procuradores de vários países. O Kremlin já  tenta "desmentir" esta informação

Uma investigação liderada por uma equipa holandesa concluiu que o míssil que abateu o avião da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia, matando 298 pessoas, foi disparado de território controlado pelos rebeldes ucranianos apoiados pela Rússia e que "veio do território da Federação Russa". O relatório apresentado esta quarta-feira diz ainda que o sistema de defesa antiaérea voltou para a Rússia nessa mesma noite. O Kremlin já negou esta informação.

"Com base na investigação criminal, concluímos que o voo MH17 foi abatido por um míssil Buk da série 9M83 que veio do território da Rússia", disse o holandês Wilbert Paulissen, na apresentação desta quarta-feira, em Nieuwegein, na Holanda.




A equipa de procuradores da Holanda, Austrália, Bélgica, Malásia e Ucrânia apresentou gravações de telefonemas, relatos de testemunhas que dizem ter visto o sistema de defesa antiaérea Buk, armado com mísseis terra-ar, ser transportado da Rússia para a Ucrânia, e apresentou ainda vídeos e fotografias.

Uma imagem dos destroços do avião da Malaysia Airlines, perto de Hrabove, na região de Donetsk 


O local de onde o míssil foi disparado foi identificado por "muitas testemunhas", disseram, apesar de os separatistas ucranianos terem sempre negado o seu envolvimento.

Também o Kremlin insistiu, já esta quarta-feira, que a informação de radar mostra que o míssil não foi disparado de território controlado pelos separatistas pró-Rússia. "Informação de radar identificou todos os objetos voadores que podiam ter sido lançados ou estar no ar sobre o território controlado pelos rebeldes naquele momento. A informação é clara... não há um rocket. Se houvesse um rocket, só podia ter sido disparado de outro lado", disse Dmitry Peskov, citado pela Reuters.

A equipa de procuradores preocupou-se em apresentar um relatório com provas que possam ser aceites em tribunal, salienta o The New York Times, acrescentando que o documento pode abrir uma batalha diplomática e legal sobre a tragédia.

As autoridades russas já tinham criticado duramente as conclusões finais de uma investigação holandesa apresentada em 2015, que tinha indicado que o avião tinha sido abatido por um míssil de fabricação russo.

O avião MH17 fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, na Malásia, em julho de 2014, com 298 pessoas a bordo, quando foi atingido por um míssil, em espaço aéreo ucraniano.

Artigo atualizado. Incluídas declarações do Kremlin

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