31 de jul. de 2016

Cristãos Inúteis Tratados Como Animais - Perseguição Muçulmana de Cristãos

Gatestone, 31 de julho de 2016. 



Perseguição Muçulmana de Cristãos: abril de 2016





  • Eritreia — "O Dr. Berhane Asmelash, ex-presidiário, vítima de tortura, descreveu como os prisioneiros eram amarrados e pendurados em árvores. Uma forma de pendurar conhecida como 'Jesus Cristo' segundo ele, porque parecia que a vítima estava na cruz."
  • Paquistão — Cinco meninas cristãs foram sequestradas, convertidas à força ao Islã e obrigadas a se casarem com seus sequestradores.
  • "Esperamos que o governo sueco e as autoridades competentes tomem providências imediatas para salvaguardar as vidas dessas pessoas. É primordial que haja asilos separados para candidatos a asilo cristãos e outros candidatos a asilo na mesma situação. Apelamos para que seja reservado um alojamento de tal modo que a palavra asilo volte a ter seu verdadeiro significado de proteção e segurança". — Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II, Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de Todo o Oriente.
  • Em sua resposta, o Diretor Geral do Conselho Sueco de Migração ressaltou que habitações separadas para cristãos e outros grupos vulneráveis "irão contra os princípios e valores centrais da sociedade sueca e da nossa democracia."

Ataques de Muçulmanos contra Igrejas Cristãs

Estados Unidos: um grupo pró-ISIS chamado Califado Cibernético Unido "hackeou" o Website da Igreja Reformista Cristã em Lamont, Michigan. Uma menina de 15 anos descobriu o vandalismo que consistia na inclusão de um vídeo de propaganda do ISIS e um texto em árabe. O recrutador apresentado no vídeo diz: "nós iremos conquistar a sua Roma, quebrar suas cruzes e escravizar suas mulheres, com a permissão de Alá, o Louvado. Esta é a Sua promessa, Ele é glorificado e não deixará de cumprir a Sua promessa."

Etiópia: muçulmanos deste país de maioria cristã se envolveram em tumultos na zona leste de Shewa com o objetivo de atacar cristãos acusados de converterem muçulmanos ao cristianismo. Eles incendiaram, reduzindo a cinzas, 14 igrejas de diferentes denominações deixando mais de 2.000 cristãos sem terem onde rezar. O cemitério de uma igreja também foi vandalizado. O líder da igreja assinalou: "estamos rezando do lado de fora da igreja, sentados no chão, suportando o sol escaldante. Apelamos aos nossos irmãos, onde quer que estejam, que venham em nosso auxílio. Os agressores derramaram gasolina cantando 'Allahu Akbar' (Deus é Grande) antes de incendiarem a igreja."

Uganda: em 12 de abril, por volta da meia-noite, vândalos muçulmanos demoliram uma igreja cristã. Era possível ouvi-los cantarolando: "não dá para convivermos com vizinhos infiéis. Temos que lutar pela causa de Alá." Foram destruídos instrumentos musicais, mais de 500 cadeiras de plástico e outros bens. Dois dias antes um grupo de muçulmanos gritava: "somente Alá deve ser adorado e Maomé é o seu profeta", eles abateram os porcos de um líder da igreja, uma de suas mais importantes fontes de renda. Ele já havia recebido uma mensagem de texto dizendo: "que os membros da sua igreja saibam que porcos são extremamente profanos e abomináveis perante Alá, extremamente afrontoso e vergonhoso. Eles são haram (proibidos) e ilegais conforme proibição do nosso sagrado Alcorão." Um membro da igreja também recebeu uma mensagem que dizia: "em breve caçaremos as cabeças dos seus porcos." Ele logo descobriu que oito dos seus porcos tinham sido mortos.

Iraque: o Estado Islâmico explodiu a icônica igreja católica da Santa Maria em Mossul, conhecida como a "Igreja do Relógio". De acordo com a Agência Internacional de Notícias Assíria, "militantes isolaram as áreas ao redor da igreja e saquearam o prédio a procura de objetos de valor e antiguidades antes de destruí-la com explosivos... A Igreja do Relógio... já foi alvo de ataques do ISIS no ano passado, quando a sua cruz foi retirada." Houve uma época em que Mossul contava com cerca de 45 igrejas, a maioria delas foi destruída ou convertida em tribunais ou prisões, isso desde a conquista de Mossul pelo Estado Islâmico em junho de 2014.

Indonésia: um grupo islamista vandalizou uma igreja recém inaugurada em Bekasi e exigiu que o prefeito local cancelasse o alvará de funcionamento. A Igreja Santa Clara obteve o alvará de funcionamento em julho de 2015 sendo inaugurada em 7 de março do ano corrente. O Foro da Comunidade Islâmica e outros líderes muçulmanos acusaram os líderes da igreja de adquirirem o alvará de funcionamento por meio de fraudes. O prefeito de Bekasi negou a acusação e se recusou a anular o alvará da igreja. Ele realçou que a igreja tinha cumprido todos os requisitos legais necessários para a construção. "Mesmo assim", explicou a Comissão Asiática de Direitos Humanos, "as agências encarregadas de assegurar o cumprimento da lei não conseguiram proteger os fiéis da Igreja Santa Clara; na realidade, ao que tudo indica, as agências não têm disposição ou vontade política para fazer valer a lei contra os justiceiros. Como resultado, a congregação da igreja vive pressionada e intimidada". O grupo de direitos humanos pediu mais uma vez à polícia local que "se posicione firmemente" contra o Foro da Comunidade Islâmica e "se certifique de que o governo garanta a proteção à Congregação Santa Clara para que ela possa praticar sua religião."

Argélia: "as igrejas na Argélia estão enfrentando intimidação e assédio, apesar das disposições constitucionais que garantem a liberdade religiosa no país," assinalou o World Watch Monitor em 29 de abril. Naquela mesma semana, as autoridades alegaram que uma igreja na região da Kabylie foi intimada a cessar todas as atividades religiosas, com base na alegação de que estava infringindo uma lei de 2006 que regulava o culto não muçulmano. As autoridades ameaçaram instaurar ações judiciais contra a igreja se o culto cristão continuasse. No último mês de fevereiro as autoridades também notificaram a igreja na cidade de Aït Djima, também em Kabylie, com base na mesma lei. Os críticos dizem que a lei de 2006, que visa regulamentar todos os cultos religiosos exceto o culto islâmico, é usada como instrumento de perseguição pelas autoridades. De acordo com o Reverendo Haddad, pastor de uma igreja protestante na cidade de Argel: "trata-se de uma lei injusta contra os cristãos, a quem foi negado o direito ao culto e a oportunidade de compartilhar o Evangelho livremente... a situação dos cristãos na Argélia não vai melhorar até que a lei totalitária, que já não se justifica mais, seja revogada."

Turquia: Seis igrejas foram confiscadas pelo governo no mês de abril em curso. Após dez meses de conflito na região sudeste da nação o governo desapropriou áreas enormes em Diyarbakir, a maior região da cidade. "Mas para o desespero das poucas congregações cristãs da cidade," observa o World Watch Monitor: "a medida inclui todas as igrejas ortodoxas, católicas e protestantes. Diferentemente das mesquitas financiadas pelo estado, as milenares igrejas da Turquia – algumas das quais pré-datam o Islã – foram geridas, historicamente, pelas fundações da igreja. A nova deliberação efetivamente torna as igrejas de Diyarbakir – uma delas com 1.700 anos, outra construída em 2003 – propriedade do estado da Turquia, um país islâmico com 75 milhões de habitantes." Poucas casas de culto cristãs permanecem de pé na região sudeste da Turquia. Embora seja a terra natal ancestral dos sírios e armênios, mais de 1 milhão destes cristãos étnicos foram massacrados e enviados às marchas da morte durante os últimos anos do Império Otomano no início do século XX.

Territórios Palestinos: na Cidade de Gaza, autoridades demoliram uma igreja cristã de 1.800 anos, recentemente descoberta, juntamente com seus valiosos objetos, apesar das tentativas de cristãos palestinos de salvá-los. Protestos não chamaram a atenção da comunidade internacional, nem das agências das Nações Unidas como a UNESCO, cuja missão é proteger o patrimônio cultural e natural da humanidade. A milenar igreja foi encontrada em uma área onde o Hamas planeja construir um shopping center. Segundo o relatório:

"A extraordinária descoberta das antiguidades parece não ter impressionado os trabalhadores da construção que removeram os artefatos e continuaram normalmente com o seu trabalho. Escavadeiras foram usadas para destruir alguns dos artefatos da igreja -- a devastação provocou duras críticas dos cristãos palestinos, alguns dos quais se apressaram em acusar tanto o Hamas quanto a Autoridade Palestina (AP) de fazerem uso das mesmas táticas do ISIS ao demolirem os patrimônios históricos. Visto pela ótica dos cristãos palestinos, a destruição das ruínas da igreja é mais uma tentativa dos líderes muçulmanos palestinos de eliminar tanto a história cristã quanto qualquer vestígio da sua presença nos territórios palestinos."

Massacres Muçulmanos de Cristãos

Nigéria: pastores muçulmanos Fulani massacraram cerca de 40 pessoas em uma aldeia de maioria cristã e incendiaram a Sagrada Igreja Internacional de Cristo reduzindo-a a cinzas. Dez casas foram arrasadas por incêndios criminosos, carros e motos foram destruídos e animais foram mortos a esmo. Do leito do hospital um sobrevivente ressaltou: "eu estava saindo de casa quando ouvi o sino da comunidade badalar. Eu estava indo com um amigo para ver porque o sino estava badalando, quando vi 40 pastores Fulani armados com facões e armas sofisticadas. Eles foram atrás de nós, mataram meu amigo e atiraram em mim várias vezes mas não conseguiram me atingir. Eles me atacaram com facões até eu desmaiar."

Paquistão: após um cristão alertar traficantes muçulmanos locais para "pararem de recrutar jovens cristãos para participarem da venda e consumo de drogas" dois homens o atacaram enquanto ele trabalhava no campo e "cortaram a sua garganta." De acordo com o pastor local Alfred Azam, "este não é o primeiro incidente envolvendo a perseguição de cristãos em nossa aldeia, os muçulmanos locais estão sempre criando problemas para a nossa comunidade cristã. Antes e após nossos serviços religiosos, na saída da igreja traficantes muçulmanos se concentram em volta dela... procurando vender drogas para nossa vulnerável juventude..." Azam explicou que traficantes de drogas corriqueiramente espancam jovens cristãos e os obrigam a ingerir drogas na tentativa de viciá-los. "Quando os idosos da aldeia pedem aos criminosos que deixem nossos jovens em paz eles são assassinados." Como de costume a polícia se recusou a registrar um boletim de ocorrência ou a tomar qualquer tipo de providência."

Paralelamente, os muçulmanos lincharam Qaisar Masih, cristão de 18 anos de idade, acusado de namorar uma menina muçulmana. Ele foi "assassinado pela família da menina em um ataque coordenado pelo pai dela, Mohammad Billa." Eles o avisaram a não se envolver com ela e ameaçaram matá-lo. De acordo com a irmã de Qaisar ele foi enforcado após ser assassinado para que parecesse suicídio:

"Meu irmão era inocente, ele tentou não entrar mais em contato com Mehwish (a menina muçulmana) mas Mehwish disse que não podia mais viver sem ele... Pedimos às irmãs dela que convencessem Mehwish a se afastar do meu irmão, sabendo que seu pai é um criminoso e que ele iria matá-lo. Mas nossos esforços foram em vão, nada poderia salvá-lo."

Rani Sardar, mãe de Qaisar, assinalou: "todos nós sabemos quem matou meu filho, ele era o caçula, ele era a menina dos meus olhos e eles o assassinaram brutalmente e o enforcaram em frente de nossa casa. Eu só quero justiça."

Síria: militantes do ISIS massacraram 21 reféns cristãos, três dos quais eram mulheres, na cidade de al-Qaryatain. O massacre foi descoberto em abril, depois que a cidade foi reconquistada pelas forças sírias apoiadas pelos russos. Alguns foram mortos, segundo consta, por violarem os termos do "contrato dhimmi", um conjunto de regras islâmicas que regem as minorias cristãs e outras minorias. Acredita-se que outros cinco cristãos desaparecidos estejam mortos e que muitas meninas foram vendidas como escravas sexuais.

Ataques Muçulmanos contra a Liberdade Cristã
(Sem Apostasia, Sem Blasfêmia, Sem Proselitismo)

Uganda: um muçulmano, espancou e ameaçou assassinar a esposa devido a sua devoção a Cristo. A mulher de 38 anos de idade tinha se refugiado em outra aldeia juntamente com seus quatro filhos depois dele tê-la espancado ao descobrir a sua conversão. "Meu marido gritou 'Allah Akbar' e então pegou um objeto sólido e bateu com ele na minha mão esquerda," segundo ela. "Eu gritei pedindo ajuda e os vizinhos chegaram e salvaram a minha vida. Naquela noite dormi na casa de um vizinho juntamente com meus quatro filhos." No último mês de abril ela voltou para visitar o marido desafeiçoado com o objetivo de conversar sobre a pensão alimentícia. Não demorou muito para que o homem começasse a importuná-la novamente em relação a sua fé:

"Mais uma vez eu respondi que Jesus é meu Senhor e meu Salvador, aí ele pegou uma panga (facão 40 a 46 cm de comprimento), eu consegui imobilizá-lo antes que ele pudesse me acertar, deixando cair a panga no chão, quando ele começou a me estrangular. Seu irmão caçula acordou e me salvou. Nesse momento eu consegui fugir."

Perante um juiz o muçulmano não mostrou nenhum arrependimento. "Não posso viver com a kafir (infiel) em minha casa," explicou ele, "a menos que ela volte para a minha religião. Caso contrário, eu não vou deixar de persegui-la até matá-la, porque nosso Sagrado Alcorão permite matar qualquer apóstata do Islã."

Quênia: depois que um muçulmano chamado Godana se converteu ao cristianismo sua vida mudou para pior. Seus problemas começaram em outubro passado, quando sua esposa, que já estava hospitalizada e passava por um tratamento de uma doença terminal, não especificada, por três semanas e sem sinal de recuperação. "Logo depois", observa o jornal Morningstar News, "eles foram visitados por uma evangélica da Igreja Evangélica Cristã da África (ECCA em inglês), que orou por ela. Sua esposa não estava completamente curada, mas tinha condições de realizar praticamente todas as tarefas diárias e, uma semana depois o casal convidou-a e a outros dois líderes da igreja a irem visitá-la em sua casa. O casal decidiu se tornar seguidor de Jesus após conversar e agradecer os líderes da igreja e começaram a se reunir em sua casa para estudar a Bíblia e orar." Logo os vizinhos muçulmanos informaram os parentes dos Godanas que o casal tinha deixado o Islã em favor do cristianismo. O relatório continua: "os sogros dos Godanas começaram a enviar ao casal mensagens ameaçadoras: 'o casamento de vocês é muçulmano, saibam que é contra o Islã mudar de religião', dizia uma das mensagens. 'Se vocês continuarem abraçando a fé cristã, iremos levar a nossa filha para a nossa casa.' Em fevereiro, os sogros do Godana levaram sua esposa. Algumas semanas depois, eles vieram e também levaram seus filhos pequenos.

Turquia: um evangélico americano foi detido e depois liberado pelas autoridades — mas somente sob condição de deixar a Turquia e nunca mais voltar. Em 6 de abril David Byle foi considerado pelas autoridades "um perigo à ordem pública". Os motivos da alegação de Byle ser um "perigo à ordem pública" nunca foram especificados. As pessoas próximas a Byle, 46, descrevem-no como "tolerante, educado e calmo" e acreditam que ele foi detido e deportado devido às suas atividades evangélicas. Ele foi solto em 14 de abril e recebeu a "ordem de proibição de entrada". A prisão ocorreu dias antes de Byle ministrar uma aula a um grupo de turcos sobre como informar as pessoas sobre o Evangelho.

Egito: o egípcio cristão Bishoy Kameel Garas, foi considerado "inocente" — mas não antes de cumprir mais da metade da pena de seis anos. Bishoy foi preso em setembro de 2012 devido a sua suposta difamação ao Islã. Todas as acusações estavam associadas a uma conta fraudulenta no Facebook em seu nome. Bishoy foi preso, muito embora tenha postado avisos em sua própria página no Facebook a respeito da conta fraudulenta e alertado a polícia especializada em crimes na Internet, cuja investigação subsequente proporcionou sustentação à sua inocência. De acordo com o Barnabas Fund, "o tribunal foi cercado por uma multidão exigindo sua punição, ainda acusando seus advogados de defesa de blasfêmia por defendê-lo." Embora considerado inocente da acusação de difamação, foi demitido do emprego de professor, o que deixou seu pai, já empobrecido, responsável por pagar os honorários legais; embora ele tenha passado mais de três anos na prisão, ativistas de direitos humanos acreditam ser altamente improvável que ele receba alguma indenização do estado.

Europa: migrantes muçulmanos que acreditavam estarem livres para deixarem o Islã e se converterem ao cristianismo continuam a "temer a retaliação islâmica assassina na Europa". De acordo com o relatório Breitbart:

Muitos migrantes que se converteram recentemente ao cristianismo temem represálias dos muçulmanos e também temem que a conversão vá se transformar em "sentença de morte". Um dos aspectos mais surpreendentes da crise migratória tem sido o contingente de muçulmanos de países como a Síria e o Afeganistão que se converteram ao cristianismo em igrejas austríacas. As arquidioceses de Viena, capital austríaca, não conseguem acompanhar os pedidos de conversão, uma vez que recebem de cinco a dez pedidos por semana. Segundo Kurier, até agora, somente no ano em curso, 83% dos batismos adultos registrados para a religião católica foram de muçulmanos, comparados com apenas 33% em 2015. Muçulmanos que se convertem, deixando assim o Islã, enfrentam um potencial bem realista de violência e até mesmo de morte. Um migrante que ora se encontra na Áustria que mudou de nome para Christopher contou o seguinte a Kurier: "esta poderia ser a minha sentença de morte." Christopher chegou à Áustria em 2012 e pediu que seu novo nome cristão fosse usado por ele temer represálias não apenas contra si mesmo, mas também contra a sua família.

Dhimmitude
(Desprezo, Hostilidade e Violência contra os "Infiéis")

Eritreia: acredita-se que centenas de cristãos estejam no momento em prisões da Eritreia e que dezenas de milhares fugiram do país. De acordo com o Christian Today , por mais de uma década o regime persegue os cristãos, que somam cerca da metade da população do país. Muitas igrejas foram fechadas e muitos cristãos foram torturados. Os cristãos que fugiram da Eritreia e que no momento se encontram alojados em um campo de refugiados etíope revelaram algumas das suas experiências:

  • Elsa fugiu depois que sua irmã foi espancada até a morte por guardas da prisão: "fomos mantidas em celas subterrâneas. Não raramente os guardas nos colocavam em um contêiner de metal para nos torturar. Esses contêineres ficavam extremamente quentes durante o dia e gelados durante a noite. Não nos davam o suficiente de comida e não havia assistência médica, Os guardas até nos soltariam contanto que renunciássemos a nossa fé em Jesus. Dissemos que não." Uma noite os guardas se revezaram no espancamento de Elsa e de sua irmã. Lembrando daquela noite, Elsa ressaltou: "nunca esquecerei dos gritos da minha irmã. Desde então eu nunca mais a vi."
  • Segundo o relato de um refugiado chamado Dawit: "quando eu morava na Eritreia fui preso por causa de minha religião cristã. É por isso que eu deixei o país. Na Eritreia qualquer cristão está sujeito a ir para a prisão." Ele passou mais de um mês na prisão e depois em um campo de trabalhos forçados. Ele foi torturado e forçado a dormir todas as noites com as mãos e pés amarrados juntos atrás das costas.
  • "O Dr. Berhane Asmelash, ex-presidiário, vítima de tortura, descreveu como os prisioneiros eram amarrados e pendurados em árvores. Uma forma de pendurar conhecida como 'Jesus Cristo' segundo ele, porque parecia que a vítima estava na cruz."


Egito: outra criança cristã foi sequestrada e depois solta por um valor de resgate impressionante. Anthonius Farag, 13, foi sequestrado da escola em 5 de abril, na aldeia de Mansheyyit Manbal. Seus sequestradores soltaram uma criança muçulmana após identificarem sua religião através do nome dela, mas mantiveram o menino cristão em cárcere privado. Isso de acordo com o pai do outro aluno cristão que por pouco também não foi sequestrado:

"Meu filho Kyrellos, estava com Anthonius e Mohamed, outros dois alunos, quando um dos sequestradores se aproximou. O sequestrador perguntou quais eram seus nomes. Eles soltaram Mohamed, mas (devido aos nomes cristãos) retiveram Anthonius e Kyrellos. Meu filho conseguiu escapar, outros meninos começaram a gritar. Um dos sequestradores atirou para cima para dispersar a multidão enquanto os outros sequestradores empurravam rapidamente Anthonius para dentro do carro e fugiram."

Três dias depois, o pai do menino sequestrado recebeu um telefonema exigindo um resgate de 2 milhões de libras egípcias — mais de US$225.000 — em troca de seu filho. O pai, que praticamente não teve assistência da polícia, com o passar do tempo conseguiu convencer os sequestradores a baixarem o valor do resgate para 300.000 libras egípcias (US$34.000) — mesmo assim um montante 300 vezes maior que o salário mensal de um trabalhador rural. Era tudo que ele, agricultor, tinha condições de amealhar de cristãos que ganhavam mais. Após a soltura, Anthonius contou o sofrimento pelo qual passou, que incluía espancamentos, isolamento em um quarto escuro com os olhos vendados. Este não é um caso isolado. Segundo registros, somente em Qena, uma província do Alto Egito, houve pelo menos 72 casos de sequestros, extorsões e violência do gênero contra cristãos, entre 2011 e 2014.

Paralelamente o Dr. Yassir al-Burhami, proeminente figura salafista do Egito, foi exposto em um vídeo de incitamento ao ódio em apoio à violência contra os cristãos do país. Ele também condenou veementemente proporcionar-lhes plenos direitos humanos e civis: "quando se coopera com uma minoria infiel criminosa, agressiva e opressora, se ataca os direitos da maioria (muçulmanos)."

Paquistão: dois muçulmanos invadiram a residência de uma cristã enquanto o marido servia o exército. Após espancá-la, eles amarraram seus braços e pernas à cama e ambos a estupraram ao mesmo tempo em que ameaçavam matar sua filha de 2 anos se ela não concordasse. A vítima, Ásia Mushtaq de 30 anos relata:

Os homens me trataram como um animal, dizendo que eu era uma cristã que não valia nada, mas sei que meu Deus é um Deus maravilhoso. Quando gritei me disseram que sabiam que meu marido estava fora e que eu estava desprotegida. Eles ameaçaram matar a minha filha se eu não concordasse com a depravação. Disseram que todas as mulheres cristãs eram prostitutas e que voltariam e repetiriam a devassidão se eu contasse a alguém o que aconteceu. Agora eu me sinto tão suja, mas não fiz nada de errado. Eu quero que estes homens sejam punidos e espero que a lei me proteja.

Wilson Chowdhry, Presidente da Associação Cristã Britânica Paquistanesa (BPCA em inglês), disse o seguinte sobre o incidente:

Nais uma mulher é alvo dos brutais ataques de estupradores muçulmanos no Paquistão, uma sociedade que tem como alvo a sua comunidade mais vulnerável: os cristãos. E não para por aí, desta vez um soldado, cujo único desejo era servir e proteger o seu país, descobriu que a maioria em seu país não sente o mesmo em relação a ele. Além disso, o próprio exército que ele serve tem oferecido pouca ou nenhuma proteção a ele apesar das ameaças que ele e sua família têm recebido. Dói ter que dizer isso, mas os diferentes elementos que promovem os atos de traição fazem com que eu sinta que os cristãos não têm espaço na sociedade teocrática do Paquistão.

Em outro incidente ocorrido em abril, cinco meninas cristãs foram sequestradas, convertidas ao Islã e forçadas a se casarem com seus sequestradores.

Suécia: os cristãos continuam sendo perseguidos pelos muçulmanos nos asilos. Um cristão foi ameaçado de "morte" -- que teria sua garganta cortada -- por um auto-proclamado jihadista. De acordo com o mesmo relatório publicado pela revista Christian Today, "um casal cristão paquistanês mudou-se para uma igreja quando o nome do marido foi pichado em uma parede perto do quarto do casal, exigindo a sua morte. Outro grupo de candidatos a asilo foi obrigado a deixar suas acomodações devido ao aumento das hostilidades." Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II, Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de Todo o Oriente, solicitou às autoridades suecas que tomem as devidas providência em relação à crise. "Esta situação não reflete a pacífica e cordial cultura do povo sueco", ressaltou ele, acrescentando:

Os cristãos não vivem em campos de refugiados no Oriente Médio, porque lá também eles são perseguidos pelos extremistas muçulmanos... Presenciar que eles estão mais uma vez sendo perseguidos nos alojamentos suecos para asilados nos deixam muito tristes. Esperamos que o governo sueco e as autoridades competentes tomem providências imediatas para salvaguardar a vidas dessas pessoas. É primordial que haja asilos separados para candidatos a asilo cristãos e outros candidatos a asilo na mesma situação. Apelamos para que seja reservado um alojamento de tal modo que a palavra asilo volte a ter seu verdadeiro significado de proteção e segurança.

Em sua resposta, o Diretor Geral do Conselho Sueco de Migração Anders Danielsson, ressaltou que habitações separadas para cristãos e demais outros grupos vulneráveis "irão contra os princípios e valores centrais da sociedade sueca e da nossa democracia. Seria um enorme fracasso se tivermos que recorrer à segregação."


Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II, Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de Todo o Oriente (esquerda) solicitou ao governo da Suécia que garanta a segurança dos refugiados cristãos na Suécia, encaminhando-os para outros alojamentos longe dos abrigos onde são perseguidos pelos muçulmanos. Anders Danielsson (direita), Diretor Geral do Conselho Sueco de Migração, ressaltou que habitações separadas para cristãos e demais grupos vulneráveis "irão contra os princípios e valores centrais da sociedade sueca e da nossa democracia."


Sudão: um monge cristão natural do Egito que estava servindo naquela nação africana foi sequestrado. O Reverendo Ghabrial al-Antony estava trabalhando na fazenda do irmão na região de Darfur no Sudão quando três homens apareceram, amarraram seu irmão e sequestraram al-Antony. "Não sabemos quem são eles nem porque o sequestraram".

Sobre essa Série de Artigos

Embora nem todos, nem mesmo a maioria dos muçulmanos esteja envolvida, a perseguição aos cristãos está aumentando.

O relatório sugere que esse tipo de perseguição muçulmana não é aleatória e sim sistemática, e que ocorre em todos os idiomas, etnias e lugares.


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